quarta-feira, 30 de julho de 2008

Fórum Paulo Freire abre inscrições


As inscrições do VI Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, que acontece entre 16 e 20 de setembro na PUC-SP, já estão abertas.
A sexta edição do encontro mundial, que há dez anos reúne pessoas que compartilham e vivenciam as concepções freirianas, traz os 40 anos da Pedagogia do Oprimido para o centro da discussão, além de outros assuntos.
Escrita em 1968, no Chile, foi traduzida para mais de 30 idiomas, tornando-se a mais importante obra do autor e a principal referência mundial para o entendimento e a prática da pedagogia libertadora.
Nela, Paulo Freire discute temas como conscientizaçã o, revolução, diálogo, cooperação que, entre outros, sustentam a sua concepção de educação.Organizado em duas modalidades – conferências e círculos de cultura –, o encontro dispõe ao(a) interessado( a) assistir as cinco conferências, que acontecerão nos dois primeiros dias e apresentar trabalhos para os círculos nos dois últimos. As conferências são abertas a todos os inscritos.
Nos círculos de cultura poderão participar apenas os que inscreverem trabalhos (ensaios, análises, artigos científicos, relatos de experiências, entre outros). Para esses últimos, é necessário observar as orientações sobre “inscrições de trabalhos” no site do evento (http://www.forumpau lofreire. org).
Haverá também atividades culturais, programadas pelo Fórum ou sugeridas a partir do roteiro cultural da cidade. Abertas a todos os participantes do encontro, essas atividades têm vagas limitadas de acordo com os respectivos espaços em que ocorrerão.
Para participar das conferências e dos círculos de cultura, duas modalidades do encontro, serão necessárias inscrições, tanto de integrante quanto de trabalho, respectivamente; Oscar Jara, Thiago de Mello, Ana Maria Saul e Ivor Baatjes estão entre os(as) conferencistas.
Programação:
16/09
8h30 às 12h30
l Conferência 1 - Globalização e os desafios da educação libertadora
* Carlos Torres (Universidade da Califórnia - IPF Los Angeles)
* Antônio Teodoro (Universidade Lusófona - IPF Portugal)
* Ladislau Dowbor (PUC-SP)* Mario Sérgio Cortella (PUC-SP)
* Luiza Cortesão (Universidade do Porto e IPF - Portugal)
Coordenação: Benno Sander
14h às 18h
l Conferência 2 - Paradigmas freirianos e movimentos sociais
* Carlos Rodrigues Brandão (Unicamp - IPF)
* Danilo Streck (Unisinos)
* Pep Aparicio (IPF Valência - Espanha)
* José Eustáquio Romão (IPF - Uninove)
Coordenação: Salete Camba (IPF - Brasil)
17/09
8h30 às 12h30
l Conferência 3 - Pedagogia do Oprimido: 40 anos depois
* Afonso Scocuglia (UFPB)* Alipio Casali (PUC-SP)
* Celso Beisiegel (USP)
* Silvia Manfredi (IPF - Itália)* Miguel Escobar (Universidade do México)
Coordenação: Ângela Antunes (IPF - Brasil)
14h às 18h l Conferência 4 - Paulo Freire: legado e reinvenção
* Ana Maria Saul (PUC-SP)
* Reinaldo Fleuri (UFSC)
* Ivor Baatjes (IPF - África do Sul)
* Florenço Varela (Cabo Verde)
* Oscar Jara (Costa Rica)
* Eliete Santiago (UFPE - Centro Paulo Freire)
Coordenação: Marina Felldman (PUC-SP)
19h às 22h
l Conferência 5 - Paulo Freire, arte e cultura
* Thiago de Mello (Poeta e escritor)
* Elisa Larkin (IPEAFRO)
* Peter Lownds (Universidade da Califórnia - IPF Los Angeles)
* Augusto Boal (a confirmar)
Coordenação: Paulo Roberto Padilha
O Fórum Paulo Freire consiste num espaço de estudo e atualização do legado do educador e de fortalecimento de vínculos por meio de encontros entre pessoas e organizações que desenvolvem trabalhos, pesquisas e práticas na perspectiva de sua filosofia.
Data: 16 a 20 de setembro de 2008
Local: PUC-SP
Mais informações: Rio de Janeiro - T: 55 11 2797 3140 / Karine Muller / karine@paulofreire. org
Informações a respeito permanentemente atualizadas no site: http://www.paulofre ire.org(Envolverde/ Instituto Paulo Freire)

Os limites do Capitalismo - Wladimir Pomar

No estudo do capital, Marx usou o método dialético como instrumento dedissecação da mercadoria, a célula mais comum, mais simples euniversal desse modo de produzir. Descobriu seus pólos contraditórios(valor de uso e valor de troca) e, partindo destas contradiçõesbásicas e de seus desdobramentos, acabou por descobrir a mais-valia,como a proteína responsável pela vida e reprodução do próprio capital.
Analisando esse processo de reprodução, Marx deduziu que o capital, àmedida que se desenvolve e acumula, tende a gerar uma contradiçãoantagônica entre a apropriação privada dos meios de produção e dariqueza gerada e as necessidades sociais.
Por um lado, o capital tende a elevar a um alto grau a capacidadeprodutiva da humanidade. Esta, para chegar ao capitalismo, teve quepassar por um longo processo histórico. Criou a propriedade privadados meios de produção (relações de produção) ao saltar do caça e dacoleta para a agricultura. Com isso, transformou os valores de uso emvalores de troca (mercadorias) e, aos trancos e barrancos, gerou umvasto conjunto de instrumentos de cálculo desses valores de troca(mercado), implantou a divisão social do trabalho (classes sociais), e criou o Estado (regulador da luta entre as classes).
Deu surgimento ao capital, saltando da agricultura para a indústria, ealcançando um alto nível de desenvolvimento. Pela primeira vez, numahistória de milênios, a humanidade pode contar com uma capacidadecientífica, tecnológica e produtiva, que satisfaça às necessidades deseus membros.Porém, ao mesmo tempo, o capital tende a reduzir sua taxa média de lucro e a aumentar a massa humana desprovida de meios de produção e decondições de trabalho. Concentra e centraliza, num pólo, uma imensamassa de riqueza e poder e, no outro, uma imensa massa pobre emiserável.
Do ponto de vista social, cria um absurdo de difícillegitimação. Do ponto de vista econômico, gera uma situação em que nãomais haverá condições de reproduzir e acumular novas riquezas. Comisso, o capital se verá na contingência, ainda por cima, de manteraqueles que antes eram a fonte de produção de sua riqueza, ou adeixá-los morrer na miserabilidade.
Para Marx, seguindo essa dialética de desenvolvimento do capital, aforma de resolver aquela contradição consiste em transformar apropriedade privada dos meios de produção em propriedade social, reorganizando o trabalho e a distribuição da riqueza, de acordo com asnecessidades humanas. Os bens seriam apropriados por seu valor de uso,e o mercado, assim como as classes e o Estado, deixariam de ser umanecessidade.Em outras palavras, segundo a teoria de Marx, é o capital que criaseus próprios limites e as condições de sua transformação numasociedade comunista.
Mas Marx não considerava que tal transformaçãopode ocorrer espontaneamente. Com base na história das sociedadeshumanas, desde que surgiram no palco da história, Marx também deduziuque a transformação de um tipo de sociedade ou de uma formaçãoeconômico-social em outra só se dava através da luta entre as classesque a compunham.Desse modo, a transformação do capitalismo em comunismo também sópoderia ocorrer através da luta, econômica, social e política, entreas classes que compõem a sociedade capitalista. Não por acaso, elededuziu que revoluções comunistas só poderiam acontecer em paísescapitalistas desenvolvidos.
Wladimir Pomar é analista político e escritor.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Tarifa do transporte público brasileiro


O transporte público é um serviço essencial à população e, ao mesmo tempo, um serviço que gera milhões em lucro ao empresariado que, em contrapartida, nada oferece em termos de qualidade dos serviços prestados ao usuário.
Corolário do direito à liberdade previsto em nossa Constituição Federal , o direito de ir e vir é garantido à população, dentre outros, por meio do Transporte Público, haja vista que a maioria do povo pobre economicamente, para se locomover nas cidades e entre os Municípios, dele se utiliza por não ter outra forma de garantir sua locomoção para o trabalho e para escola, por exemplo. Tal necessidade, por sua vez, tende a aumentar, posto que o crescimento urbano no último século aumentou significativamente e, segundo estimativas, tende a continuar a crescer no atual. Embora tenha se constatado um relativo aumento do poder aquisitivo dos (as) brasileiros (as) e, portanto, um aumento considerável nas ruas e avenidas de automóveis particulares, esse crescimento não impede o constante uso do transporte público.
Há de ser observar também que o constante crescimento dos veículos automotivos (gerando estragos, principalmente ambientais) se deve ao serviço precário dos transportes coletivos, além dos constantes aumentos abusivos das suas tarifas. A tarifa de ônibus é, em média, R$ 2,00 no Brasil. Ou seja, por mês uma pessoa gasta, aproximadamente, R$ 44,00 (10,6% do salário mínimo). Agora imaginemos esse custo para um trabalhador (a) desempregado (a), autônomo (a) ou mesmo aquele (a) que não recebe por mês nem um salário mínimo e tem que sustentar uma família numérica? Nesses casos, o direito fundamental de ir e vir é quase cerceado. Segundo pesquisa do IBGE feita em 2003, o gasto com o transporte público é o terceiro maior no orçamento familiar, perdendo apenas para a Moradia e Alimentação.
O transporte coletivo é de responsabilidade municipal, entretanto, o Município, por meio de licenças, às vezes acompanhada de subsídios, cede a prestação do serviço a companhias particulares; o que é muito mais cômodo, pois deixa a responsabilidade do serviço a cargo dos empresários do transporte. Dada a concessão à iniciativa privada, esta, com vista numa relação capitalista de gerar sua mais-valia, aumenta o preço das tarifas abusivamente. Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre 2001 e 2007, constatou que a passagem de ônibus nesse período subiu cerca de 110%, enquanto a inflação subiu apenas 55%. Lógico que nesse tempo houve aumento nos preços do óleo, combustível e nos serviços de manutenção, mas não justifica preços tão exorbitantes. Cremos sim, que a causa de tão abusivo aumento está na falta de transparência dos lucros das empresas e, principalmente, nas fraudes relacionadas aos benefícios concedidos pelo governo aos ‘tubarões do transporte’.
Sabemos da importância que reside no transporte coletivo, principalmente para as classes baixas, por isso, lutar por sua melhoria e acessibilidade a todos (as) deve ser nosso compromisso. Transparência na prestação de contas das empresas e maior controle Estatal em relação aos benefícios concedidos deve ser uma exigência constante.

Artigo: Thalita Martins
Secretária de Assuntos Estudantis - DCE UFMA
Movimento Mudança
Católicas pelo Direito de Decidir (CDD)
Movimento Passe Livre - Maranhão
Contato: (98) 91484340
e
Fabricio - Belem

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Semana Brasileira de Mobilidade

Evento muito bom, pena que ao que tudo indica Alvorada nao participara...
CARTA AOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Prezados(as) Prefeitos(as),Prezados(as) Secretários(as) de Transportes e Trânsito,

A Semana Brasileira da Mobilidade, de 16 a 22 de setembro de 2008, será um momento de reflexão e ensaio sobre a mobilidade em nossas cidades. Este movimento, que vem suceder à Jornada Internacional na Cidade Sem Meu Carro, que realizamos desde 2001, é um desdobramento no Brasil da campanha iniciada nas cidades européias em 1999. O objetivo é chamar a atenção para a necessidade de se repensar o modelo de mobilidade que estamos aplicando em nossas cidades desde o advento do automóvel no início do século passado. Nas cidades européias, com sistemas de transportes públicos de altíssima qualidade, mas também penalizadas pelos efeitos negativos do transporte individual motorizado sobre a economia, o meio ambiente e a ocupação agressiva dos espaços urbanos, a Semana da Mobilidade oferece possibilidades muito diferentes das nossas. Aqui, com as limitações quantitativas e qualitativas dos sistemas de transportes públicos urbanos – por razões estruturais que importa discutir – a Semana da Mobilidade acrescenta desafios para a adesão de gestores públicos e dos cidadãos.
O Instituto da Mobilidade Sustentável, Ruaviva, introdutora no Brasil da Jornada Internacional na Cidade Sem Meu Carro, vem convidar agora os municípios brasileiros a participarem da Semana Brasileira da Mobilidade. A mudança não é apenas de ampliar o momento de reflexão e debate, de um dia para uma semana. É, sobretudo, uma correção de foco. A questão central é a sustentabilidade - ou não - do modelo baseado no automóvel, não só quanto a ineficiência energética e a poluição ambiental, mas física, em termos de ocupação do tempo e do espaço.A proposta é, durante uma semana, a. governos, sobretudo, municipais, b. sociedade, através de escolas, universidades, entidades empresariais e sindicais, partidos e movimentos sociais; e c. imprensa, em editoria e pauta, se dediquem a debater a questão, com ensaios concretos que corporifiquem a discussão.
O resgate da rua como espaço de convivência social é uma das dimensões importantes, mas não é central. Pelas limitações de nosso transporte público, derivamos a Jornada na Cidade Sem Meu Carro para aplicações restritas de ruas de cultura e lazer. Na Semana Brasileira da Mobilidade a proposta é efetivarmos à prioridade do coletivo sobre o individual. Assegurarmos ao transporte coletivo urbano preferência na circulação viária, não só desobstruindo interferências nas faixas exclusivas, mas implantando faixas e vias exclusivas provisórias durante toda a semana de 16 a 22 de setembro.
O agravamento da crise da mobilidade nas cidades brasileiras; o foco dos meios de comunicação sobre o “caos no trânsito”, em função daquela realidade; e as eleições municipais, quando a questão transporte e trânsito se evidencia no debate político, estabelecem a oportunidade e urgência de iniciarmos já, em 2008, a Semana Brasileira da Mobilidade. Apesar do prazo curto para uma melhor preparação. Daí a denominação Ano 0, para a Jornada deste ano, a VIII Jornada, na seqüência da Cidade Sem Meu Carro.
Esperamos que a adesão dos Municípios neste ano seja, sobretudo, qualitativa. De municípios que, apesar de nossa impotência em assegurar a fluidez requerida pelos carros, ousem contrariar, ensaiando, durante uma semana, uma prioridade mais ampla para o transporte coletivo e para circulação de pedestres. E medindo resultados, ainda que inicialmente modestos, que possam ser cotejados para a avaliação das distintas experiências entre todos os municípios brasileiros.
Portanto, o convite, para que governos e sociedade reflitam e ensaiem sobre a mobilidade e seus desafios, exige audácia para aceitar e participar. Audácia, no dizer de Leonardo Boff, “é a coragem de tomar decisões e pôr em prática iniciativas que respondam efetivamente às questões”.
Para se engajar as prefeituras deverão assinar a Carta de Adesão que está no site www. ruaviva.org.br até no máximo o dia 31 de agosto.
Dúvidas e outras informações pelo telefone: (31) 3224.0906 com Ana Beatriz ou Débora Possa, ou ainda no e-mail: ruaviva@ruaviva.org.br.

Contando com a participação de seu Município na Semana Brasileira da Mobilidade

Atenciosamente,
João Luiz da Silva DiasDiretor Presidente do Instituto Ruaviva

Fonte:http://www.ruaviva.blogspot.com/

Adoro o período de eleições

Adoro o período de eleições. Eleições municipais então… Na verdade acho que deveriam acontecer todo ano. Este é o período em que as cidades mais crescem. A minha então…
Alvorada está um canteiro de obras. É asfalto , esgoto, pintura de faixas. Sabe aquelas obras que o político tem quatro anos pra realizar, mas resolve fazê-las em seu último ano de gestão? Último será? Ele espera que não…
Ao contrário de muita gente, que considera as obras inconvenientes, eu adoro. Passo olhando, criando expectativas. Mas obras eleitoreiras, essas sim são inconvenientes e duram pouco.
Numa manhã de sábado há poucos meses (acho que uns dois), antes de serem abertas as campanhas eleitorais desse ano, acordei com a passagem de um carro de som. Uma voz feminina agradecia ao prefeito da cidade por trazer o asfalto a uma rua próxima da que eu moro.
O asfalto agradecido, na verdade, não passa de um piche jogado em cima do paralelepípedo da avenida e só no meio dela (em breve fotos do local).
Além do asfalto “perfeito”, obvio que o carro de som não estava ilegal, gritando o nome do prefeito que também é candidato à reeleição antes mesmo de serem liberadas as campanhas…
Asfalto é uma coisa que chama a atenção. Não sei porque as pessoas gostam tanto de asfalto. Por causa deles é que temos essas enchentes absurdas.. mas não estou aqui pra pregar consciência ecológica, estou aqui pra mexer com o vespeiro mesmo.
Acho que na escola para políticos a primeira lição que se aprende é: “Como garantir votos gastando menos com o asfalto”.
Lição nº1 escolha uma rua movimentada, com uma grande densidade demográfica e fluxo intenso de veículos.
Lição nº 2 (esta é a mais fácil) convença a população que o asfalto é mais importante que o esgoto a céu aberto que engole as criancinhas. Esse esgoto a propósito merece um outro post.
Voltando às ações eleitoreiras…
Meu vizinho é vereador. Ainda não vai ser hoje que vou falar dele, até porque tenho amor à vida. Eu ia falar sobre um comício camuflado de inauguração de comitê também realizado antes da abertura das campanhas, mas desisti de falar disso também. Vou voltar à parte que eu dizia que adoro as obras, adoro as festas e, já que estão proibidos os Showmícios, adoro também as festas de prestação de contas, que não é um showmício, mas traz artistas famosos…
O que não há como gostar, é dos carros de som. Carros que passeiam pela cidade com som a todo volume, exibindo Jingles que não passaram nem perto da fila de criatividade. Meu vizinho por exemplo, no domingo de manhã, no dia em que teu sono até mais tarde deveria ser sagrado, faz concentração de carros de som tocando uma paródia daquele funk (ou rap, não sei bem a diferença) carioca, que tocava nos anos 90: “Eu só quero é ser feliz, andar tranqüilamente na favela onde eu nasci”, (troca favela por Alvorada). Além de tudo compara Alvorada com favela e é assim que vamos ser melhores visto fora daqui. Mas isso também é assunto pra outro post que provavelmente não vou fazer…
Enfim…
Já me prolonguei demais pra um post.
Vou ficar aqui aproveitando os próximos meses, apreciando as obras, porque obra de novo só daqui a quatro anos… Quanto ao carro de som… até a eleição eu arranco uns fios de cabelo, coloco tampões nos ouvidos e passo meus domingos mau-humorada…
Artigo de Elisandra Borba, acadêmica de Jornalimo.

A "Casa do Espanto" da Yeda



Uma nova suspeita foi levantada neste final de semana sobre a compra de uma casa pela governadora Yeda Crusius (PSDB), no bairro Vila Jardim, em dezembro de 2006. Desta vez, a fonte não poderá ser acusada de conluio com a oposição para tentar atingir a governadora. A revista Veja teve acesso a um documento que mostra que, quatro meses antes de vender a casa a Yeda por supostamente 750 000 reais, seu antigo proprietário, Eduardo Laranja, estava fechando o negócio por 1 milhão de reais. A matéria de Veja, intitulada "A Casa do Espanto", afirma que o interessado, o engenheiro José Luís Borsatto, chegou a assinar um documento (ver acima) comprometendo-se a comprá-la por esse valor. "Quando consegui todo o dinheiro, o corretor me disse que tinha vendido o imóvel à governadora", lamenta Borsatto. Qual o valor do negócio? "Foi 1 milhão de reais", disse ele à revista.
Segundo a matéria, a suspeita de que a propriedade tenha custado mais do que admite a governadora é alimentada por outras evidências. “Um ano antes de ser negociada, a casa era anunciada por 1,5 milhão de reais. A prefeitura, ao avaliar o imóvel para efeitos fiscais no ato da venda, atribuiu-lhe o valor de 900 000 reais”. Em entrevista coletiva, na manhã deste sábado, o advogado do PSOL, Pedro Ruas, apresentou o documento à imprensa. Trata-se de um instrumento particular de promessa de compra e venda de imóvel, firmado entre Eduardo Laranja e José Luís Borsatto. Pedro Ruas anunciou que encaminhará o documento ao Ministério Público.
Perguntas sem respostas
A polêmica relacionada ao real valor do imóvel adquirido pela governadora gaúcha logo após o fim da campanha eleitoral de 2006 tem várias questões em aberto. Algumas delas são as seguintes: o sr. Eduardo Laranja da Fonseca e/ou sua empresa, a Self Engenharia, tinha dívidas com o Banrisul e/ou com a Receita Estadual no final de 2006, quando vendeu a casa na rua Araruama para a governadora Yeda Crusius (PSDB)? Caso a resposta seja positiva, qual é a situação dessas dívidas hoje?No dia 18 de outubro de 2007, a casa localizada numa zona nobre da capital gaúcha (com 467 metros quadrados de área construída), foi alienada no Banrisul para garantir um empréstimo de R$ 50 mil tomado pela governadora Yeda Crusius. Ocorreu alguma outra operação financeira junto ao Banrisul relacionada à compra do imóvel?
Fonte: RS Urgente

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CONVITE


CUT e CMS promovem Seminário sobre a Criminalização dos Movimentos Sociais

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) promoverão no dia 28 de julho o Seminário “Criminalização dos Movimentos Sociais”, no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS, das 9h às 12h30min.
O evento contará com a participação de cinco painelistas, sendo eles: presidente da OAB nacional, Cezar Britto (a confirmar); integrante da Comissão Pastoral da Terra, Dom Tomáz Balduíno; Doutora em educação PUC-SP, Nita Freire; Ouvidor Nacional de Direitos Humanos, Fermino Sechio e a Professora da USP, Heloisa Fernandes.
Após o seminário, haverá uma caminhada até o Palácio da Justiça. Estarão participando do seminário e da caminhada: CUT, CMS, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Movimento Sem Terra (MST), Movimento Estudantil (UNE), Pastorais Sociais (PS) e Via Campesina.


terça-feira, 22 de julho de 2008

MAIS UM AUMENTO EU NAO AGUENTO!!!

Transporte

Pedido de reajuste nas tarifas é de quase 10%
Na quinta-feira, uma reunião aberta ao público deverá definir se o aumento nas tarifas de ônibus intermunicipais da Região Metropolitana ficará em 9,37% - percentual calculado pela Metroplan, de acordo com a Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM).A proposta considera os aumentos que as empresas tiveram de absorver desde 2007, como reajustes no óleo diesel e peças, além do dissídio dos funcionários, entre outros fatores.Último aumento foi há um anoA reunião ocorrerá na sala Romildo Bolzan, na sede da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs), Avenida Borges de Medeiros, 659, 14º andar, no Centro.De acordo com o gerente da ATM, Erico Michels, a Metroplan faz um estudo técnico a partir das planilhas de custos apresentadas pelas empresas para definir o índice. Depois, o percentual é avaliado na audiência e, por fim, o Conselho Superior da Agergs dá o último parecer. O aumento mais recente, de 4,67%, entrou em vigor em julho de 2007.
O Diário calculou
- Alvorada (Soul): de R$ 2,25 para R$ 2,46
- Cachoeirinha (Vicasa): de R$ 2,70 para R$ 2,95
- Canoas (Vicasa): de R$ 2,40 para R$ 2,62
- Eldorado do Sul (Guaíba): de R$ 2,35 para R$ 2,57
- Esteio (Real): de R$ 2,70 para R$ 2,95
- Gravataí (Sogil): de R$ 3,70 para R$ 4,05
- Guaíba (Guaíba): de R$ 3,65 para R$ 3,99
- Novo Hamburgo (Central): de R$ 4,50 para R$ 4,92
- São Leopoldo (Real): de R$ 3,95 para R$ 4,32
- Sapucaia do Sul (Real): de R$ 2,70 para R$ 2,95
- Viamão (Viamão): de R$ 2,95 para R$ 3,23
Obs.: os valores correspondem às linhas comuns e referem-se a viagens entre os municípios (ponta a ponta).

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/jornais/diariogaucho/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=10321&template=&start=1&section=Dia+a+Dia&source=Busca%2Ca2059303.xml&channel=65&id=&titanterior=&content=&menu=173&themeid=&sectionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Manuela que vergonha!

Muito bom, mostra no que a candidata a prefeitura de POA Manuela se transformou!

TRANSGÊNICOS

Cooperativa de Produtores Ecológicos de Porto Alegre (Arcoiris) e a Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs) promovem um debate na próxima sexta-feira (25) sobre o livro “Transgênicos: as sementes do mal. A silenciosa contaminação de solos e alimentos” de autoria e organização de Antônio I. Andrioli (Doutor em Ciências Econômicas e Sociais pela Universidade de Osnabrück, Alemanha, professor do Mestrado em Educação da Unijuí e professor convidado da Universidade Johannes-Kepler de Linz, Áustria).
O debate inicia às 17 horas, no Colégio de Aplicação (Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
No sábado, a partir das 9h, haverá uma sessão de autógrafos do livro na Feira dos Orgânicos de Porto Alegre (Feira Ecológica do Bom Fim), ao lado da banca de livros (n° 62), na segunda quadra da avenida José Bonifácio.

MST faz Marcha Estadual por Reforma Agrária


Cerca de 600 trabalhadores rurais sem-terra iniciam nesta terça-feira, a partir das 9h, uma Marcha Estadual por Reforma Agrária. A marcha partirá do acampamento de Nova Santa Rita e se dirigirá ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre. A manifestação pretende cobrar o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado pelo Incra e pelo Ministério Público Federal, há oito meses, no encerramento da Marcha à Fazenda Guerra. Neste acordo, lembra o MST, o Governo Federal se comprometeu em assentar mil famílias até abril passado e outras mil famílias até o final deste ano. Até o momento, segundo os sem-terra, menos de 40 famílias de agricultores foram assentadas no Estado.
A marcha pretende denunciar o processo de criminalização dos movimentos sociais posto em prática pela governadora Yeda Crusius, que, denuncia o MST, “utiliza métodos violentos da Brigada Militar para defender os interesses de empresas estrangeiras como a Stora Enso, ilegalmente instalada na faixa de fronteira, ao mesmo tempo em que não apresenta qualquer política para reforma agrária e para pequena agricultura”. Ana Santos, da coordenação do MST, critica a lógica que prioriza os interesses do agronegócio. “O agronegócio só produz monocultura de eucalipto e soja para combustíveis, enquanto os assentados e a agricultura familiar produzem alimentos e abastecem as cidades”, resume. Os trabalhadores sem-terra querem a desapropriação das fazendas Guerra, Southall e da Granja Nenê para assegurar o cumprimento da meta de assentar 2 mil famílias no RS até o fim do ano.

Camelódromo

O Camelódromo do Fogaça, obra que estranhamente teria a sua conclusão no final do período eleitoral, pelo jeito vai de mal a pior.Se a idéia em si já é algo um tanto quanto controverso, além de extremamente dispendiosa para o erário público, ontem vimos a "casa cair" literalmente.A laje de concreto que serviria como rampa de ligação entre as duas estruturas que comporiam o Camelódromo ontem despencou, causando transtornos ao transito, provocando imensos engarrafamentos.Mas também lança dúvidas sobre a qualidade com que esta obra esta sendo conduzido.Será que, devido a proximidade das eleições e pelo resultado pífio que Fogaça tem demonstrado nas pesquisas não estaria sendo tocada esta obra a "toque de caixa"?Fica a pergunta no ar aguardando por respostas.
Fonte: aldeia-gaulesa.blogspot.com

Fogaça e a Juventude: crônicas de uma tragédia anunciada


Uma boa forma de se fazer um balanço da gestão Fogaça nas políticas públicas de juventude seria comparando com uma peça de teatro dividida em três atos. Cujo nome da peça poderia ser "Crônicas de uma tragédia anunciada".Vamos aos fatos que compõem este triste "espetáculo".
1º Ato: O "Esplendor"

Uma das primeiras ações do Prefeito Fogaça, quando assumiu a prefeitura, foi criar a Secretaria Municipal de Juventude. Num primeiro momento, uma iniciativa que poderia ser saudada por todos como importante, afinal, a dura realidade da juventude em nossa cidade exigiria um grau maior de prioridade do poder público. Qualquer indicador social que tomemos por base (desemprego, escolaridade, violência etc.) aponta para uma situação perversa de exclusão dos jovens, principalmente na periferia.No entanto, a expectativa logo caiu por terra, não bastasse a total ausência de propostas concretas apresentadas durante a campanha (e que deveriam embasar a criação do órgão), ao apresentar o titular da pasta, o Vereador Mauro Zacher (PDT), Fogaça pôs por terra as esperanças de ver mudanças reais para os jovens da capital. Zacher era figura bastante conhecida do movimento estudantil, por ser ele um dos principais articuladores da pior experiência do nosso estado em entidades estudantis. A frente do DCE da PUC, a entidade esteve sempre envolta em muitas acusações e suspeições, tornando-se sinônimo de autoritarismo e truculência. Servindo de triste exemplo de reprodução de práticas que há muito gostaríamos de ver extintas no movimento estudantil.Com este currículo, Mauro Zacher assumiu a Secretaria Municipal de Juventude e os nossos temores tornaram-se realidade.
2º Ato: O Marasmo
Com um orçamento de mais de R$ 3 milhões de reais anuais, o que vimos ao longo dos dois primeiros anos de gestão foi uma Secretaria sem iniciativa alguma. E o pior, além de sofrer de falta de iniciativa, acabou com experiências positivas que existiam, como por exemplo, o Fórum Municipal da Juventude, que era um espaço de interlocução e participação direta da juventude com a Prefeitura.As ações resumiram-se a algumas poucas atividades, e estas mesmas com sua abrangência e efeitos questionáveis. Segundo informações da própria Secretaria, foram cinco as ações desenvolvidas por ela: tenda da juventude, trabalho para a juventude, Projovem, Centro de Promoção da Juventude e atividades culturais para jovens.A tenda da juventude e as atividades culturais para jovens (sic) tiveram um viés muito mais voltado para uma lógica da espetacularização da cultura em detrimento a uma política que minimamente promovesse uma integração junto a centenas de grupos e agentes culturais da juventude de nossa cidade. Opção que mal esconde a preocupação puramente midiática, frente à apatia política da gestão.O projeto "trabalho para a juventude", que ofertava vagas para cursos profissionalizantes (Cuidador de Idosos, Auxiliar de crediário etc.) tem um problema de mérito da concepção quanto a forma com que busca a integração dos jovens ao mercado de trabalho. Mantendo um viés equivocado de formar mão-de-obra barata, com efeitos objetivos questionáveis e de pouco impacto real. Atingiu a um universo muito pequeno, abaixo inclusive das próprias expectativas do governo municipal.O anunciado Centro de Promoção da Juventude, mesmo tendo orçamento aprovado para a sua implementação, que totalizaria mais de R$ 600.000,00 no triênio 2006-2008, nunca saiu do papel. Ficando como mais uma das promessas não cumpridas ao longo da gestão.A única ação que teve minimamente alguma repercussão maior foi o Projovem, que acabou por ser o palco de um dos maiores escândalos da gestão Fogaça, abrindo o capitulo final de uma história sem um final feliz.
3º Ato: A "tragédia"
O ProJovem é um programa do Governo Federal, feito através de uma parceria junto a Prefeitura, destinado a jovens entre 18 e 24 anos que terminaram a quarta série, mas não concluíram a oitava série do ensino fundamental e não têm vínculos formais de trabalho. Aos participantes, o ProJovem oferece oportunidades de elevação da escolaridade; de qualificação profissional; e de planejamento e execução de ações comunitárias de interesse público. Cada aluno, como forma de incentivo, recebe um auxílio de R$ 100,00 (cem reais) por mês, desde que tenha 75% de freqüência nas aulas e cumpra com as atividades programadas.Em diversas cidades do país (Recife, Fortaleza, Rio Branco etc.) o ProJovem tem se mostrado uma experiência bastante positiva na promoção de políticas inclusivas a um setor extremamente vulnerável, atingindo resultados inquestionáveis do acerto das políticas do Governo Lula em priorizar a promoção da juventude. Porto Alegre, no entanto, foi no caminho inverso, e atingiu resultados negativos.Problemas ocorreram de toda a ordem, desde problemas de divulgação, falta de professores, aulas não realizadas, ausência de controle de freqüência para os beneficiados, suspeitas de aparelhamento político-partidário, entre outros problemas que converteram a nossa cidade como a pior experiência de implementação do programa no país.Não bastasse tudo isso, o programa acabou por se tornar um foco de forte suspeitas de corrupção. Durante as investigações das fraudes no Detran, descobriu-se um possível foco de corrupção na sua implementação. O documento divulgado pela juíza Simone Barbizan Fortes, da 3ª Vara Federal e Juizado Especial Criminal da Subseção Judiciária de Santa Maria (que autorizou as prisões efetuadas durante a Operação Rodin), afirma que as investigações sobre o caso revelaram que, possivelmente, o esquema foi posto em operação pelas mesmas pessoas físicas e jurídicas em relação a outros contratos públicos, por exemplo, no projeto "ProJovem", desenvolvido em Porto Alegre.As investigações deram luz a um problema que muitos suspeitavam, afinal com a Prefeitura recebendo R$ 11 milhões para executar o programa, não é aceitável apresentar os resultados que teve.Com o escândalo, Mauro Zacher não resistiu a frente da secretaria, perdendo o posto e segue sendo alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público. Merece registro neste episódio o silêncio do Fogaça, que fez-de-conta que nada acontecia em sua administração.Fim de uma tragédia anunciadaApós todo o escândalo a secretaria encerrou melancolicamente sua gestão. Após a queda de Zacher, a pasta passou por outros três titulares que cumpriram mais uma função meramente administrativa. Em uma sucessão de tentativas frustradas de remediar o irremediável. O que facilmente se explica através de falta de políticas e projetos de um lado, com interesses escusos de outro. Com essa soma indigesta encerrou-se uma experiência desastrosa de políticas da Prefeitura para a juventude, que viu uma grande oportunidade de superação do fosso de desigualdades que atinge a milhares de jovens em nossa capital ser desperdiçada.Nosso desafio não será pequeno em superar este quadro perverso, através da participação popular e de uma política transparente, alicerçada em nosso programa, poderemos construir uma outra lógica, onde a juventude seja protagonista de mudanças efetivas, saindo definitivamente das páginas policiais e do descrédito.
Fonte: aldeia-gaulesa.blogspot.com

quinta-feira, 17 de julho de 2008


www.stela13.can.br

terça-feira, 15 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008


I Congresso da Juventude do PT
Resolução
O Brasil que queremos para a Juventude
Um cenário de possibilidades abertas para a juventude

O atual período está marcado por um predomínio do capitalismo sem precedente histórico. Esse
capitalismo assumiu, nos anos 90, três formas principais: no plano das idéias o pensamento neoliberal; no terreno político-militar, o poder dos Estados Unidos; no campo da economia, a força do capitalismo financeiro.
Hoje o neoliberalismo, os Estados Unidos e capital financeiro não possuem a mesma “atração” que exibiam no início dos anos noventa. A tentativa de impor o mundo unipolar, submetido ao governo dos EUA, dominado pelo grande capital e pelas formas neoliberais desencadeou resistências de vários tipos. Assim, ainda que sigamos vivendo nos marcos do período histórico aberto no início dos anos 90, estamos dentro de uma nova etapa, marcada pelo crescimento da resistência e pela construção de alternativas. Exemplo disso é a ascensão dos movimentos contestatórios do atual modelo de globalização, também chamados altermundialistas. De Seattle a Gênova, de Porto Alegre a Mumbai, são é a juventude que está a frente dessa nova onda contestatória, construindo novos caminhos para um outro mundo possível. E a JPT, como juventude do maior partido de esquerda da América Latina, tem um papel central nesta construção.
Como espaço de convergências, trocas e sínteses, o Fórum Social Mundial tem reunido os mais
diversos setores sociais que rechaçam o neoliberalismo. A realização do FSM 2009 em Belém do Pará, colocase como primeiro ponto de chegada para nossa discussão estratégica e construção de convergências amplas entre movimentos sociais, partidos políticos e governos progressistas e de esquerda.
O retorno do FSM ao Brasil e, principalmente, à América Latina tem também um caráter simbólico, visto que a nossa região é a parte do mundo onde a resistência se encontra mais avançada, havendo conquistado governos, impulsionado fortes lutas sociais e constituído um ideário anti-neoliberal defendido por partidos e movimentos que se proclamam anti-capitalistas e socialistas. São exemplos, guardadas suas especificidades e contradições, Bolívia, Brasil, Uruguai, Chile, Argentina, Nicarágua, Venezuela, Paraguai, Equador e Cuba.
No entanto, vivemos um momento contraditório no nosso subcontinente. Por um lado, as forças
progressistas, democrático-populares e socialistas, recuperaram parte da capacidade organizativa de mobilização que tinham antes dos anos 1990. Por outro lado as forças pró-hegemônicas no plano econômico e social, nas instituições internacionais e no campo político militar, assim como também no governo de vários países do continente.
É assim que o tema da integração torna-se central fundamental na construção de uma sociedade pósneoliberal.
Trata-se de combinar os desafios e necessidades de cada país da nossa região, com a construção
de um espaço comum de cooperação aos povos. Neste sentido, a política externa do Governo Lula é avançada por apontar uma integração regional solidária. Exemplo disso é a consolidação do Mercosul como um bloco de cooperação regional para além do plano estritamente econômico, bem como o fortalecimento das relações políticas com os demais países latino-americanos e caribenhos.
O fortalecimento das relações Sul-Sul implica afirmar as posições e interesses do Brasil, inclusive
quando se contrapõe às visões dos países centrais, como foi o caso do posicionamento do governo Lula em relação à negociações da ALCA, à agenda de negociações da OMC - com a constituição do G-20 - , à proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU, e à Guerra no Iraque.
O PT busca fomentar no povo brasileiro valores e práticas de solidariedade internacional, com as lutas pela democracia, pela soberania nacional e pela igualdade social em todas as partes do mundo. A JPT deve ter dentre seus eixos de atuação estimular a participação de seus militantes nos FSM e outros espaços de articulação tendo como perspectiva consolidar este espaço público internacional de luta contra a neolberalismo, reafirmando seu papel na construção de uma identidade comum entre os povos latino-americano, empunhando bandeiras unificadoras de todos os movimentos, em especial, a bandeira do socialismo democrático como alternativa global ao capitalismo.

Os desafios do PT e do Governo Lula

O primeiro governo Lula acumulou capacidade para um ciclo de forte crescimento com distribuição de renda e aprofundamento da democracia. O grande legado do governo Lula será a consolidação no Brasil de uma democracia inclusiva, de massas, estabilizada e sustentada por um novo ciclo de desenvolvimento econômico.
Há motivos suficientes para crermos que o país superou um longo ciclo de baixo crescimento e elevou sua capacidade de crescimento. Além do aspecto propriamente econômico ainda há o significado simbólico.
Como contemporâneos desta experiência, ainda não somos capazes de decifrar o alcance histórico de vermos no Brasil, um ex-torneiro mecânico conduzir o país a uma nova etapa de seu desenvolvimento. Esta é a grande resposta histórica ao quadro degradante de avanço sem precedentes da violência, da insegurança e da desigualdade que vimos se instalar no Brasil na década de noventa.
Entretanto, a juventude do PT reconhece que a Gestão do primeiro governo Lula foi profundamente marcada por grandes limites que amorteceram sua capacidade de transformar estruturalmente o país. A primeira gestão Lula pode ser caracterizada como o início de uma transição do paradigma neoliberal, ainda que marcada por contradições. O Brasil vive um momento de consolidação de um projeto de desenvolvimento integrado, abrangendo dimensões econômicas, sociais, culturais, ambientais. O Governo Lula iniciou a transição rumo a um modelo de desenvolvimento pós-neoliberal, que se reflete em sua política Internacional protagonizando uma inserção soberana do país no contexto mundial e paralisando iniciativas como a ALCA.
Mas há ainda muito a ser feito e, neste sentido, a juventude do PT deve apontar, junto com os
movimentos sociais quais são as principais tarefas para o próximo período no sentido de avançarmos a implementação de um projeto democrático popular. Para aprofundar sua uma agenda positiva para o país, é importante que o Governo Lula transforme suas políticas avançadas de inclusão social em políticas de Estado
e que se rompa, definitivamente, com a política econômica conservadora. Também a sustentação do governo não pode se limitar a esfera institucional.
Um governo do PT deve construir sua sustentação junto aos movimentos sociais. Governar sem
avançar na consciência não basta ao PT e aos socialistas do Brasil. Não podemos nos render ao reducionismo eleitoral. Por isso a juventude do PT segue firme na defesa de um partido militante, socialista e organizador da classe trabalhadora.
Para o próximo período será fundamental que o partido organize uma estratégia de novo tipo, que articule ação de governo, mobilização social, organização partidária e luta político-ideológica. Forjar um governo democrático-popular, capaz de combater a ditadura do capital financeiro e realizar reformas estruturais que combinem desenvolvimento econômico com transferência de riqueza, renda e poder para os trabalhadores e os setores médios. Consolidar, em amplos setores da sociedade, uma visão de mundo solidária, articulada com um internacionalismo ativo no apoio à luta dos trabalhadores e povos oprimidos, em especial da América Latina.
O socialismo do século XXI deve ser a perfeita combinação entre democracia representativa e direta, além da máxima ampliação dos direitos políticos, sociais e econômicos. Este é o compromisso histórico do PT com o povo brasileiro.
Nas eleições de 2008 será decisiva a reafirmação do partido nas disputas municipais de forma progressista e a recusa de alianças com as forças conservadoras e neoliberais tais como PSDB e DEM. Será desta forma que o PT poderá apresentar-se em 2010 com força e coerência suficientes para liderar o processo de consolidação do projeto de desenvolvimento conquistado nos últimos anos.
A Juventude Brasileira e o PT
Por inúmeras razões a juventude é percebida atualmente como uma questão prioritária e como crescente fonte de preocupação. De um lado o foco está apontado para as questões sociais, que têm os jovens como vítimas ou causadores de determinados problemas, e de outro lado são vistos como a esperança de novos caminhos para nosso desenvolvimento do país.
Uma das razões dessa visibilidade está no fato que este grupo etário nunca foi tão numeroso, em
termos absolutos, como é hoje. Segundo IBGE, 50,5 milhões, ou seja, mais de um quarto da população do país têm entre 15 e 29 anos.
Todavia, o Estado não se preparou para receber adequadamente esse enorme contingente. A oferta de bens e serviços públicos é insuficiente para atender toda a demanda e a isso se soma o baixo conhecimento dos poderes públicos sobre a realidade juvenil o que tem provocado um desencontro entre as demandas dos jovens e as políticas públicas.
A situação é alarmante: os jovens em idade de trabalhar encontram barreiras para conseguir e manter uma atividade remunerada. Além disso, enfrentam sérias dificuldades para concluir os estudos e ingressar na universidade. A juventude é, também, como vítima ou agressora, a principal protagonista da violência nos grandes centros urbanos. Os setores conservadores da sociedade buscam responsabilizar inteiramente a juventude, imputando à “desfuncionalidade” no comportamento dos jovens, que não estariam aproveitando adequadamente as oportunidades disponíveis e nem estariam comprometidos com suas famílias e comunidade ao seu redor, mantendo o famoso comportamento “desviante”. Nos noticiários, os jovens (geralmente dos setores populares) aparecem como desordeiros e violentos. Nas propagandas, aparecem como personagens bonitos, saudáveis, alegres e despreocupados, que se oferecem como modelos de consumo e de um estilo de vida ao qual poucos têm acesso.
Essa visão quer fazer pensar que a juventude é um problema, resultando num tipo de política pública em que os jovens devem ser controlados nas suas manifestações e domesticados nos seus comportamentos.
Nem a juventude perigosa das sensacionalistas manchetes policiais nem a juventude consumista e alienada dos anúncios de tevê: é sobre a juventude real, um complexo, numeroso e diverso contingente sujeitos de direitos. Os jovens são de diversas raças e classes sociais e estão por todo o país: na cidade, no campo, nas florestas, nas beiras dos rios, nas aldeias e nos quilombos. É preciso considerar essa rica diversidade.
A JPT deve afirmar, em alto e bom som, que os brasileiros jovens são os mais afetados pelo modelo econômico adotado nas últimas décadas, que aprofundou significativamente a exclusão social. A juventude ficou sem acesso aos serviços públicos básicos e não desfruta dos seus direitos mais fundamentais. A cidadania para muitos jovens, por enquanto, ainda é uma cidadania incompleta.
A JPT deve somar-se aos movimentos e organizações para defender que a juventude pode contribuir para as soluções e que investir nos jovens é essencial para o desenvolvimento do país.
A juventude ocupa um lugar estratégico, pois podem exercer uma influência positiva e determinante tanto sobre seus pais quanto sobre seus filhos. Nessa privilegiada posição intergeracional, a juventude é um elo entre o Brasil que temos e aquele que devemos construir.
Mais que promessa, é um dado de realidade: os jovens, em considerável proporção, estão interessados e ativos, desenvolvendo outras formas de engajamento por mudanças éticas, sociais, culturais, políticas e ambientais.
Não se trata de idealizar nem de atribuir aos jovens um papel heróico, como se eles pudessem redimir a história e resolver todos os problemas. A juventude sozinha não vai transformar o país. Mas ao mesmo tempo, é difícil imaginar qualquer transformação profunda sem a participação da juventude.
Entre preocupações e esperanças, uma coisa é certa: é preciso falar sobre juventude. Porque, por um lado, os jovens precisam do Brasil. E, por outro, é o Brasil que precisa deles. Apesar de entendermos a juventude como um segmento policlassista e com diversidades múltiplas, a opção que a juventude do PT deve fazer é pelo diálogo prioritário com as pautas da juventude da classe
trabalhadora brasileira. O Partido dos Trabalhadores deve representar aqueles que dependem não só do seu trabalho e de sua família para sobreviver, como também os que necessitam essencialmente de políticas
públicas do Estado para que possam viver de forma digna e desfrutar plenamente dos bens culturais e materiais produzidos pelo conjunto da sociedade.
A maioria da juventude brasileira tem origem em famílias pobres e, quando inserida no mercado de trabalho, ocupa postos de trabalho em condições precárias, em sua maioria. A partir daí, é possível verificar a centralidade que ganha a juventude no interior da luta de classes. Portanto, organizar a juventude da classe trabalhadora é uma das tarefas prioritárias da JPT para a disputa de hegemonia na sociedade. O partido deve ter capacidade de assegurar espaço para suas reivindicações. Estas extrapolam as questões pontuais e se inserem no campo da disputa de valores culturais e políticos e somam-se às transformações sociais e econômicas necessárias na disputa de hegemonia que fazemos na sociedade brasileira visando transformá-la estruturalmente.
Um programa da Juventude do PT para o Brasil
O papel das políticas públicas de Juventude

O Brasil vive um momento político diferenciado em relação às políticas públicas de juventude. Nos governos anteriores a lógica era de uma política focalizada sem pressupostos de transversalidade.
O governo Lula avançou, de forma significativa na construção de políticas de juventude. Primeiro, porque criou um órgão específico de juventude na institucionalidade. Segundo, porque tem disseminado uma visão de juventude enquanto sujeitos de direitos. E, terceiro, porque tem a participação como um dos eixos principais da política nacional de juventude. O maior exemplo disso é a criação do Conselho Nacional de Juventude e a realização da Conferência Nacional. É importante destacar o compromisso do Governo Lula para que as políticas de juventude para que as políticas de juventude não sejam somente políticas de governo,
mas sejam políticas de Estado.
A relação transversal na temática é visível quando observamos os programas do governo federal
como o PROUNI, o Pró-Jovem, o Consórcio Social de Juventude urbano e rural, Nossa Primeira Terra, PRONAF Jovem, entre outros, sendo desenvolvidos por vários ministérios e secretarias.
As políticas públicas de juventude têm um papel fundamental no reconhecimento das peculiaridades dos jovens e por isso se faz tão importante nas mudanças estruturais propostas pelo programa democráticopopular.
Nosso próximo objetivo é criar um pacto federativo em torno das políticas públicas de juventude que priorize a participação plural dos jovens em todos os campos de atuação social.
A JPT precisa se colocar como protagonista na defesa e na construção das políticas propostas pelos governos progressistas e pela sociedade civil organizada.
Para além das políticas específicas de juventude, cabe à Juventude do PT, apresentar ao partido uma agenda de aprofundamento da transição rumo a um modelo pós-neoliberal, iniciada pelo Governo Lula. Nesse sentido, a JPT terá um papel importante no próximo período para estimular pautas: que avancem no debate sobre a democratização e participação popular no Brasil; que estimulem políticas de desenvolvimento combinadas com uma forte ação de distribuição de renda; e, incentivem ações que reforcem os valores
socialistas e democráticos, pilares para uma disputa de hegemonia mais completa na nossa sociedade. Dentre elas destacamos:
1. Reforma política: constituinte exclusiva que paute sobre a reforma, da defesa da fidelidade partidária, do financiamento público de campanhas
2. Aprofundamento da democracia e da participação: reforço das Conferências e Conselhos, referendo, o plebiscito e a iniciativa popular, uso de novas tecnologias;
3. Implementação do Orçamento Participativo Nacional;
4. Não às privatizações;
5. Plebiscito oficial pela anulação da privatização da Vale do Rio Doce;
6. Mudança na política econômica com redução de juros e destinação do superávit primário para as políticas sociais;
7. Taxação do capital especulativo;
8. Fora Henrique Meireles e sua equipe;
9. Fora Helio Costa;
10. Medidas contra a concentração de renda e bens: da taxação de grandes fortunas, Imposto de
Renda progressivo, atualização do índice de produtividade das grandes propriedades, limitação ao tamanho de grandes latifúndios;
11. Desenvolver políticas públicas que contemplem comunidades tradicionais e quilombolas com
respeito às suas formas de organização e cultura;
12. Reforma Urbana;
13. Moradia para todos;
14. Resolução pelo controle social da implementação das políticas públicas (meio ambiente, juventude, mulheres, etc.);
15. Garantir políticas para a diversidade regional (Norte, Nordeste, etc.);
16. Defender e fortalecer as comunidades tradicionais resgatando os seus saberes na identidade do povo brasileiro e a garantir a elas o direito a suas terras por meio de reservas extrativisatas e
reforma agrária ecológica;
17. Reafirmação do caráter soberano de nossa política externa, colaborando para a construção de
uma nova ordem internacional;
18. Não aos tratados de livre comércio;
19. Pela entrada do Brasil na ALBA;
20. Debater o controle público e social do judiciário brasileiro;
21. Legalização da maconha;
22. Campanha contra o serviço militar obrigatório;
23. Efetivação das resoluções aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Juventude;
24. Defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
25. Criar um plano nacional de estruturação e de articulação dos conselhos tutelares;
26. Potencializar o projeto Família Acolhedora, em que os jovens passam por um processo de desenvolvimento dentro de um núcleo familiar;
27. Aprovação da PEC da Juventude;
28. Aprovação do Plano Nacional da Juventude;
29. Criação e fortalecimento de órgãos de juventude, assim como de conselhos de juventude;
30. Campanha pela criação dos conselhos municipais da juventude;
31. Aprovação do Estatuto da Juventude;
32. Ratificação da Convenção Ibero-Americana dos Direitos dos Jovens.
Educação
A inclusão social, a superação da pobreza e a conquista da cidadania passam pela educação. Uma
condição de vida condigna, alimentação adequada, direito a saúde, educação, trabalho devem integrar a agenda do desenvolvimento que deve promover os direitos humanos compreendidos como direitos humanos imprescindíveis à sustentação da democracia.
A educação foi um dos principais alvos do neoliberalismo no Brasil. A não responsabilização do Estado com as políticas públicas de educação agravou o quadro educacional do país ao longo dos anos 90 e início do novo século. Buscando reverter esse quadro, nosso governo tem feito avanços significativos nesta área, a criação do FUNDEB, a criação de escolas técnicas que valorizam as vocações econômicas regionais e o
programa de ampliação das universidades federais são exemplos de uma nova era na educação do país.
A educação deve ser um dos focos centrais de atuação da Juventude do Partido dos Trabalhadores.
Participando diretamente nas mobilizações dos movimentos sociais para a educação e colaborando na
formulação das políticas educacionais de nossos governos, a JPT é aliada dos jovens brasileiros na luta pelo
acesso e permanência à educação pública de qualidade, socialmente inclusiva e democrática.
1. Derrubar os vetos do Poder Executivo ao Plano Nacional de Educação (Lei n. 10.172 de 09 de
janeiro de 2001);
2. Passe livre já. Entendendo, a gratuidade de estudantes nos transportes coletivos, como política de
permanência nas instituições de ensino e como essencial para uma formação cultural ampla;
3. Pela implementação de cotas raciais e para estudantes oriundos das escolas publicas nas
universidades publicas;
4. Destinar 50% das vagas das universidades públicas para estudantes oriundos da escola pública –
pela aprovação do PL 73/99;
5. Ampliação das assistência estudantil com rubrica própria de R$ 200 milhões no orçamento do MEC;
6. Por uma reforma do ensino superior brasileiro e regulamentação do ensino privado;
7. Apoiar e incentivar as organizações estudantis, nas suas diferentes formas, como espaços de
participação na gestão escolar e exercício da cidadania;
8. Garantir aos jovens do sistema prisional e do sistema de internação o direito a prosseguirem os
estudos, em cursos regulares ou de educação de jovens e adultos, assegurando condições
necessárias nas respectivas unidades;
9. Garantir a melhoria da qualidade do ensino público implementando, gradualmente, uma jornada de
trabalho docente de tempo integral, quando conveniente,cumprida em um único estabelecimento
escolar e destinando entre 20 e 25% da carga horária dos professores para preparação de aulas,
avaliações e reuniões pedagógicas, conforme previsto pelo Plano Nacional de Educação (Lei n.
10.172 de 09 de janeiro de 2001);
10. Defender a proposta de piso salarial nacional dos trabalhadores da educação da CNTE de R$
1.050,00 para 30 horas de trabalho para educadores com formação de nível médio, e de R$
1.575,00 para educadores com 30 horas de trabalho e formação de nível superior;
11. Pelas diretrizes nacionais da carreira dos educadores definida pelos educadores;
12. Não à demissão sem justa causa;
13. Mais investimentos na formação de professores baseada na interdisciplinaridade e diversidade;
14. Ampliação do Ensino Médio e pela efetivação de um pacto federativo que responsabilize os
governos pelo investimento e garantia da qualidade de ensino;
15. Ampliar a oferta de vagas nos cursos noturnos, em todos os níveis de ensino, a fim de facilitar o
acesso do jovem trabalhador à educação formal;
16. Descentralizar a educação profissionalizante, atendendo às demandas regionais e de comunidades
tradicionais;
17. Educação: pública, gratuita, laica e de qualidade e para todos os brasileiros e brasileiras. 10% do
PIB nacional para a educação, mais recursos à educação básica e pelo piso salarial nacional para
os profissionais da área, democratização da gestão, acesso e permanência das crianças, jovens e
adultos nas instituições de ensino e o respeito à diversidade, ampliação de vagas no ensino
superior, gestão pedagógica e participativa nas escolas e nos governo, diretrizes nacionais de
carreiras.
18. Inclusão das disciplinas de sociologia e filosofia nos currículos escolares;
19. Mais carga horária de Ciências Humanas nos cursos técnicos;
20. 50% da carga horária para hora/atividade;
21. Combate à educação sexista e a heteronormatividade vivenciada no projeto político pedagógico
desde a educação infantil e nos diferentes espaços de educação formal e informal;
22. Amplo debate sobre PROUNI e REUNI, buscando unificar a posição da JPT;
23. Interiorização do PROUNI;
24. Readequação do Pró-Jovem;
25. Massiva política de Estado de erradicação do analfabetismo e do analfabetismo funcional;
26. Pelo fim das taxas de vestibulares;
27. Campanha pelo fim do vestibular;
28. Debates sobre o processo de seleção para o ingresso na universidade;
29. Pelo fortalecimento dos Conselho s Escolares;
30. Eleição direta e paritária para diretores dos colégios e para reitores de universidades;
Trabalho
As características do mercado de trabalho brasileiro, com suas altas taxas de desemprego e profunda
precarização, têm impacto intenso sobre a inserção ocupacional dos jovens. As mutações sofridas nas
relações de trabalho e no papel do Estado no período de hegemonia neoliberal no Brasil produziram efeitos
devastadores sobre o padrão dessa inserção, consolidando a juventude como a principal vítima dessas
mazelas.
Por isso defendemos a adoção de políticas públicas de Estado que, ao lado do desenvolvimento com
distribuição de renda e valorização do trabalho, possam alterar a realidade da juventude no mercado de
trabalho no campo e na cidade, hoje principal vítima da precarização, da pobreza e da violência.
1. Garantir a formalização, manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas e sociais, garantia da
seguridade social, particularmente a Previdência;
2. Campanha pela Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salários, proibição da prática de
horas extras para jovens e jornada de trabalho compatível com os estudos;
3. Fiscalização e garantia do caráter educacional e de qualificação profissional e social do estágio;
4. Que a CLT seja válida também para estagiários/as, assim como os direitos previdenciários;
5. Fim do fator previdenciário;
6. Combate a todas as formas de precarização do trabalho;
7. Salário igual para trabalho igual;
8. Ampliação dos espaços de capacitação profissional, vinculados com espaços de educação geral e
ampla, bem como para organização de cooperativas;
9. Desburocratização das cooperativas e a criação de créditos sem juros;
10. Ampliação das políticas de incentivo à empreendimentos de economia solidária;
11. A JPT deve apoiar as ações e empreendimentos realizados pela economia solidária, fomentando
também o debate sobre um modelo de desenvolvimento sustentável e local;
12. Políticas públicas para o retardamento da entrada do jovem no mercado de trabalho,
13. Readequação do programa primeiro emprego;
14. Que o governo Lula ratifique as Convenções 158 e 151;
15. Reforma tributária para desonerar o salário das/os trabalhadoras/os;
16. A juventude deve participar das discussões sobre previdência no Governo Lula;
Democratização dos Meios de Comunicação
Falamos muito na democratização da Informação, mas ela passa também pela democratização da
Comunicação. A maioria dos programas, jornais e sites são propriedades de poucas e grandes empresas,
propriedades de poucas famílias, representantes de uma visão conservadora da sociedade. Isso porque em
nosso país ainda não vivemos a democratização do acesso, da produção e transmissão da informação. Um
país que amplia a democracia deve criar mecanismos que impeçam o monopólio da informação e gerem a
democratização da mídia e esta deve ser uma das tarefas assumida pela JPT. Para isto, é fundamental
mecanismos de O controle público sobre os meios de comunicação, bem como, o fortalecimento e a
democratização da nova rede pública, e dos meios comunitários e alternativos.
1. Criação de critérios mais rígidos e transparentes para a renovação das concessões de rádio e TV;
2. Legalização das rádios comunitárias;
3. Todo apoio à imprensa independente;
4. Valorização das culturas regionais nos meios de comunicação de modo a não distorcer as
realidades regionais;
5. Participação efetiva da sociedade civil na gestão da TV Brasil;
6. Que o governo, na regulamentação da TV digital, garanta a participação dos jovens no controle
social e destine políticas de comunicação participativas que permitam a produção de mídias juvenis
próprias;
7. Convocação de uma Conferência Nacional de Comunicação;
8. Cobrar investimentos de todas as esferas públicas em Inclusão Digital e fortalecer o apoio ao uso de
Software Livre;
9. Criação de telecentros públicos (GESAC);
Segurança Pública e Violência
As estatísticas comprovam que, na maioria dos casos, as mortes na juventude são conseqüência de
causas externas. 40% dos jovens que morrem são vítimas de homicídio. No restante da população, essa taxa
cai para 5% (Ministério da Saúde, 2003). Entre os jovens homens negros moradores das periferias dos grandes
centros urbanos a situação é ainda mais preocupante, nos permitindo afirmar que atualmente vivenciamos um
verdadeiro extermínio da juventude negra das periferias.
Para enfrentar o problema são necessárias políticas públicas específicas direcionadas aos jovens em
conflito com a lei ao mesmo tempo em que adotam medidas estruturais para que garantam a plenitude de
direitos dos jovens.
1. Contra a redução da maioridade penal;
2. Contra a pena de morte;
3. Contra a repressão policial;
4. Direito a cidade: espaços públicos para a cultura, o lazer e a integração social, passe livre;
5. Pela consolidação de uma política nacional de Segurança Pública que fuja da lógica de
criminalização da pobreza e ataque as raízes econômicas, sociais e culturais da violência, como
tem sido o PRONASCI;
6. Promover amplo debate com as instituições da sociedade civil e do Estado sobre a unificação das
polícias no Brasil;
7. Por uma grande campanha nacional puxada pela JPT, sobre o papel do estado em relação ao
consumo e o trafico de drogas (lícitas e ilícitas);
8. Descriminalização das drogas;
9. Reestruturar o sistema educacional nos presídios brasileiros;
10. Para cada três dias de estudo, um dia a menos na pena de detentos jovens;
11. Política de incentivo das grandes empresas para empregar jovens ex-detentos.
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
A Juventude do PT tem o desafio de contribuir na formulação um modelo alternativo de organização da
sociedade, construindo um conjunto de práticas econômicas, sociais e culturais que garantam qualidade de
vida e a preservação dos recursos naturais. É necessária uma reorganização do modo de produção e do
consumo, baseada em critérios exteriores ao capitalismo: as necessidades da população e o equilíbrio
ecológico. Devemos estar ao lado do movimento ecosocialista, na luta por um modelo de desenvolvimento
economicamente sustentável.
1. Combate à devastação da floresta por madereiros e grandes agricultores, combate ao deserto
verde, em defesa dos nossos biomas;
2. Utilização racional e planejada da energia, desenvolvendo fontes de energias alternativas, tais como
as “energias verdes” ou combustíveis renováveis;
3. Ampliação da participação das fontes de energia limpa (solar e eólica), com menor grau de emissão
de gases do efeito estufa, na oferta de energia ao conjunto do país;
4. Política de racionalização do uso da energia para as indústrias;
5. Maior debate sobre a Transposição do Rio São Francisco;
6. Ampliação da política de governo na construção de cisternas e de poços artesianos no semi-árido;
7. Pressão pelo cumprimento do Protocolo de Kyoto; listar os países que devem assinar o Protocolo
de Kyoto – o Brasil tem cumprido os acordos;
8. Pelo combate ao aquecimento global;
9. O enfrentamento ao do agronegócio e a ampliação da reforma agrária e do investimento na
agricultura familiar;
10. Pela reforma dos métodos de licenciamento ambiental, combate ao protocolo ambiental, com maior
preocupação com o desenvolvimento sustentável;
11. Em defesa da soberania alimentar, da agroecologia, combatendo as monoculturas, e das terras
indígenas: Fora Aracruz;
12. Construir a Agenda 21 da JPT;
13. Contra as patentes capitalistas sobre a vida, pela defesa da biodiversidade;
14. Pelo controle social dos meios de produção;
15. Estímulo e capacitação de jovens na proteção e educação ambiental;
16. Política de incentivo à introdução de meios e métodos de produção, transporte e comercialização
com maior grau de sustentabilidade ambiental, especialmente redução de emissão de gases do
efeito estufa, de uso de energia, de uso de matéria prima, de descarte de resíduos, dentre outros;
17. Política de incentivo ao consumo de bens e serviços ambientalmente sustentáveis;
18. Oposição à liberação dos transgênicos, visando o fortalecimento da produção orgânica como forma
de relação econômica sustentável com o meio ambiente e mais segura para o consumo humano
Contra o monopólio das sementes;
19. Pela elaboração da Agenda 21 da juventude;
20. Que as compensações ambientais discutidas nas audiências públicas que tem a presença de
ambientalistas e dos movimentos populares realizadas pelo CONSEMA tenham caráter deliberativo;
21. Campanha contra o desmatamento ilegal da Amazônia;
Saúde
Deve-se garantir assistência social, psicológica e médica gratuita aos dependentes químicos como
uma questão de saúde pública. As práticas de educação popular em saúde, assim como as unidades básicas
devem ter enfoques específicos para lidar com as necessidades próprias da juventude.
1. Fortalecimento do SUS e o aumento expressivo dos investimentos nas políticas públicas de saúde é
outro desafio estruturante;
2. Garantir assistência social, psicológica e médica gratuita aos dependentes químicos;
3. Por políticas de saúde com enfoque para juventude;
4. Pela criação de novos mecanismos específicos de financiamento para a saúde.
5. Reembolso dos atendimentos hospitalares realizados pelos hospitais públicos de pessoas que tem
convênios com entidades privadas;
6. Atendimento imediato e transporte dos trabalhadores que necessitam do SAMU bem como a
cobrança deste gasto dos hospitais públicos;
Cultura
A cultura surge a partir da capacidade do ser humano de pensar a realidade que o circunda, de
construir significados para esse contexto, criando formas de se relacionar com a realidade, que são diferentes
em cada parte do país. Com a globalização de uma cultura de consumo, muitas pessoas deixam de reinventar
sua forma de interagir com a realidade cultural para seguir um pensamento dominante e podador das idéias
progressistas. . A Juventude do PT deve lutar pela valorização da expressão cultural da juventude, fundamental
para reoxigenar as idéias de transformação da realidade social do nosso país.
1. Difusão dos pontos de cultura e das informações culturais de expressões independentes através da
democratização da mídia.
2. Inserir os jovens na construção das políticas públicas, debatendo o resgate do patrimônio histórico a
preservação e a reinvenção da cultura local, além da geração de trabalho e renda para jovens
artistas.
3. Maiores investimentos nas leis de incentivo a cultura, para literatura, música, teatro, projetos
documentários, vídeos e outros (direcionados para juventude).
4. Fortalecimento e democratização dos conselhos de cultura em todos os níveis, facilitando o controle
social de investimentos públicos e/ou privados, inclusive a lei Ruanet.
5. Democratização do acesso e produção da cultura com o fomento a cultura popular e independente,
descentralização;
6. Garantir acessibilidade das populações de baixa renda aos diversos equipamentos culturais;
7. Criação da Estação Juventude.
Mulheres
Uma das primeiras opressões que a história da humanidade registra é do homem sobre a mulher. Ela
acompanha o desenvolvimento da humanidade desde o momento em que a divisão social do trabalho foi
absorvida pela lógica da propriedade privada. O resultado, além da maior precarização da mulher no mundo
do trabalho (menores salários, maior desemprego e informalidade), é um constante estigma e estereótipo
discriminatório da mulher tanto em espaços públicos quanto privados.
O feminismo é a ação concreta das mulheres contra o machismo. A perspectiva de um feminismo
socialista não dissocia a luta pela superação da opressão sexual e da necessidade de profundas mudanças
sociais e da ruptura com as desigualdades de classe e étnico-raciais. A libertação das mulheres é um
componente fundamental para todos aqueles e aquelas que desejam construir uma nova sociedade.
Neste sentido, defendemos uma política feminista para a JPT que seja capaz de atuar a partir de uma
compreensão da situação geral das mulheres na atual conjuntura e definir uma plataforma de lutas concretas,
que altere efetivamente a vida das mulheres.
1. Combate ao machismo nos espaços do PT;
2. Por uma educação não-sexista;
3. Combate a mercantilização do corpo e da vida das mulheres, ao tráfico de mulheres e meninas e a
exploração sexual;
4. Incidir na divisão sexual do trabalho, com a defesa da criação de aparelhos estatais que
responsabilizem a sociedade com o cuidado e a reprodução da vida, em especial por creches;
5. Implantação de políticas públicas para as mulheres como a criação de cirandas em ambientes de
trabalho, universidades e encontros do PT;
6. Pelo cumprimento das cotas partidárias para mulheres;
7. Construção de espaços de auto-organização e fortalecimento das mulheres, bem como a
construção de espaços mistos para o debate político de gênero;
8. Seminários Estaduais de formação feminista para as mulheres jovens;
9. Campanha Nacional sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres encampada pela JPT;
10. Pela legalização do aborto com regulamentação e garantia de atendimento pelo SUS, garantia de
um Estado laico, pela a auto-determinação pessoal e econômica das mulheres;
11. Pelo combate à violência sexista, nas suas várias expressões;
12. Efetivação da Lei Maria da Penha;
13. Campanha pela Legalização do aborto;
14. Campanha de combate à violência contra as mulheres;
GLBTT
A presença da juventude petista homossexual nos movimentos sociais em torno do debate da
cidadania dos/as não heterossexuais, contribuiu bastante para a visibilidade do movimento em todas as suas
esferas. Entretanto nos dias atuais, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros, ainda são
uma parcela da sociedade que não tem seus direitos assegurados. Direito ao respeito, à livre expressão da
sexualidade, à união civil e a plena cidadania dentre outras frentes.
É nesse contexto de incorporação das reivindicações, que a JPT deve assumir a luta pelos direitos
humanos LGBTTT, priorizando ações afirmativas pela livre orientação sexual.
1. Combate à homofobia interna na JPT;
2. Combate à homofobia na escola;
3. Apoio aos projetos de parceria civil entre homossexuais e ao PLC 122/06 que criminaliza a
homofobia, às campanhas de combate à homofobia e a todas as iniciativas legislativas de
valorização de GLBTT;
4. Campanha contra a homofobia;
Negros
O povo negro sempre foi marginalizado no Brasil. Durante o longo período de escravidão o país
legitimou a forte hierarquia social ainda observada nos dias atuais e o arbítrio nas relações sociais passa
despercebido, o que impede o avanço de noções de direito e cidadania do negro.
A articulação ampla e unitária do negro com os demais movimentos sociais e forças políticas que
apontem no caminho da superação dessas desigualdades são indispensáveis. É importante reconhecer os
recentes avanços conquistados pela mobilização dos negros brasileiros. A JPT deve se apresentar
como um instrumento da juventude negra para superar o racismo.
1. Campanha pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial (PL213/2003);
2. Campanha pela implementação da lei 11.465/08 (complementar à 10.639/03) de ensino de história
e cultura da África e indígena;
3. Pela criminalização do racismo;
4. Defesa das políticas de ação afirmativa nas universidades públicas;
5. Políticas de ação afirmativa no trabalho, tanto no setor público como no privado;
6. Todo apoio ao “Brasil Qiolombola”;
7. Pela demarcação e titulação das terras quilombolas e para todas as comunidades negras rurais;
8. Ações próprias para a população negra, e combatam frontalmente o preconceito racial, pela
valorização cultural e combate à violência, em especial a policial;
9. Preparação dos profissionais de saúde para o tratamento da anemia falciforme que atinge a
população negra;
10. Programas específicos para a saúde da população negra;
11. Pela visibilidade de negras/os na mídia;
12. Fortalecimento e consolidação do coletivo da JN13, a Juventude Negra do PT;
13. Campanha contra o genocídio da juventude negra;
14. Em defesa do Feriado Nacional de 20 de Novembro;
Indígenas
1. Incorporar nas resoluções da JPT o respeito e o combate à discriminação aos indígenas;
Juventude Camponesa
O modelo agrário e agrícola voltado para o latifúndio, a monocultura e o agronegócio e a grande
produção gera grandes dificuldades de produção, renda e condições de vida às populações baseadas na pequena produção familiar, aos trabalhadores rurais e às comunidades ribeirinhas. Portanto, os jovens do meio rural estão sendo constantemente bombardeados pelo dilema entre ficar e sair do de seus espaços de convivência em direção ao meio urbano. É fundamental:
1. Por reforma agrária, incentivo à agricultura familiar, acesso à terra, educação, cultura e
solidariedade para a juventude do campo;
2. Pela atualização do índice de produtividade das grandes propriedades;
3. Estreitar a relação com a juventude camponesa e pelo fortalecimento das organizações juvenis no campo;
4. Investimento na educação do campo com garantia de pedagogia da alternância;
5. Incluir no currículo escolar disciplinas voltadas ao meio rural, com profissionais qualificados para trabalhar o tema;
6. Cursos pré-vestibulares para juventude do campo;
7. Implantação de universidades Rurais;
8. Pela agricultura orgânica e incorporação deste debate na rede de ensino;
9. Novo modelo de educação para o campo que incorpore os modos de vida camponesa e incentive a permanência do jovem no campo;
10. Permanência do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) no INCRA e no fortalecimento de sua estrutura, orçamento e dinâmica pedagógica; reconhecimento e acesso direto das comunidades quilombolas no programa;
11. Construir escolas agro-técnicas que atendam a realidade da juventude rural;
12. Pontos de cultura no meio rural e inclusão digital;
13. Construir intervenção conjunta com os movimentos sociais do campo;
14. Apoio à campanha nacional pelo limite da propriedade da terra no Brasil;
15. Políticas públicas integradas para o jovem do meio rural – acesso a terra, crédito, formação para os jovens e assistência técnica;
16. Criar condições de integração campo e cidade e desenvolver as políticas públicas considerando a
realidade do campo.

Violência, ela atinge todos nós!

A juventude nos últimos tempos, tem sofrido com as diferentes formas de violência. Em Alvorada isso é muito evidente. Diariamente jovens cometem atos violentos ou são vítimas destes. Recentemente, no sábado, dia 05 de julho tivemos mais uma mostra do descaso com os jovens e sua segurança. Durante a tradicional festa junina da escola Castro Alves, em frente a polícia civil e a poucos metros da Brigada militar, um jovem morreu e mais dez ficaram feridos durante um tiroteio dentro da escola durante a festa, o que mais choca é o fato de os diretores requisitarem a presença de brigadianos semanas antes para acompanhar o andamento da festa e no dia durante o tiroteio a brigada só apareceu muito depois do fato consumado. Este, infelizmente, não é um caso isolado na cidade, muitos outros mesmo não aparecendo nas capas de jornais e na mídia televisiva, acontecem diariamente mas acabam no anonimato e no descaso da mídia, talvez não seja interessante para eles mostrar estes casos já que o nosso prefeito já gastou mais de 100 mil reais em propagandas onde mostra uma cidade que não existe no dia-a-dia. Sabemos que a violência se apresenta de várias formas e no cotidiano muitas vezes, nos acostumamos com essa problemática, porém não deve ser assim, devemos nos indignar com todas as formas de violência, desde a mais singela até as de extrema gravidade.

A violência é, sem sombra de dúvida, um problema não só de Alvorada mas deve ser combatido no município através de alternativas, de programas e principalmente de interesse político. O município por estar na base da vida das pessoas acaba por ter uma influência direta na qualidade de vida de todos e cabe ao prefeito e sua administração trabalhar o problema com seriedade, consciência e principalmente alternativas. O que fazer diante desse surto de violência? Apenas punir, reprimir com violência é a solução? Qual jovem já não foi abordado pela brigada e acabou sendo muitas vezes humilhado e até mesmo sofrendo algum tipo de violência? Necessitamos de idéias inovadoras no campo da segurança pública! Precisamos de políticas públicas eficazes que ofereçam aos jovens opções reais de mudança!

Nós da Juventude do Partido dos Trabalhadores apostamos em novos modos de se trabalhar a violência, deixando os métodos convencionais que são baseados na repressão e violência, para trás. Esperamos, que assim como nós, você JOVEM, tenha esperança de viver em uma Alvorada DIFERENTE, que nos respeite como cidadãos e que respeite nossos direitos!
TEXTO: Juventude do Partido dos Trabalhadores - Alvorada

ARRAIAL DO PT


A Juventude do PT, com o apoio do partido, organizou no dia 05 de julho o Arraial do PT, marcando o último dia da pré campanha 2008. Em nome da JPT, quero agradecer a todos aqueles que compareceram e que contribuiram de alguma forma.