O presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), instaurou no final da tarde desta quarta-feira (26) a CPI da Corrupção, que irá investigar denúncias de fraudes financeiras, lavagem de dinheiro, ocultação de bens e atos lesivos ao interesse público, que teriam sido praticados por integrantes do governo gaúcho. Em banho-maria por quase dois meses em função da resistência da base aliada, a comissão parlamentar de inquérito deverá iniciar os trabalhos a partir da próxima segunda-feira (31) e terá 120 para concluí-los.
A deputada Stela Farias (PT), primeira signatária do requerimento para a criação da comissão de inquérito, foi confirmada para presidir as investigações. A relatoria ficou sob a responsabilidade do deputado Coffy Rodrigues (PSDB), e a vice-presidência será ocupada pelo peemedebista Gilberto Capoani.
Stela disse que irá conduzir os trabalhos com “rigor jurídico, buscando elementos probatórios que possam contribuir com as esferas civil e criminal”. “Não vamos pré-julgar ninguém e nem investigar pessoas. Vamos investigar fatos com rigor, sem compactuar com nenhuma forma de faz-de-conta”, avisou.
Sobre possíveis tentativas de obstruções da base governista, Stela afirmou que “impedir as investigações é o mesmo que tentar fechar os olhos da opinião pública”. “Buscaremos o equilíbrio para evitar que a polêmica assuma o centro da CPI, mas não vamos admitir subterfúgios para não investigar.”
O presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan, conclamou os integrantes da comissão de inquérito a adotar uma postura isenta. “Não se trata de uma disputa entre a maioria e a minoria, mas da investigação de fatos de extrema gravidade. É preciso que o foco seja o interesse público”, frisou.
por Olga Arnt
foto: Assessoria de Imprensa da Bancada do PT
foto: Assessoria de Imprensa da Bancada do PT
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